Em sua gestão no São Paulo, iniciada em 2006, o presidente Juvenal Juvêncio gastou R$ 41 milhões na base. Resultado: revelou um jogador -o zagueiro Breno- que firmou-se como titular na equipe profissional.
É neste cenário que a diretoria tricolor escolheu o ex-técnico do sub-20, Sérgio Baresi, para comandar o time principal. Os méritos dele na categoria inferior foram a justificativa da diretoria. O reflexo de seu trabalho, no entanto, não pôde ser vistos até agora no profissional.
Em média, o São Paulo de Juvenal gastou em torno de R$ 10 milhões por ano nas categorias inferiores. É o dobro do investimento de 2005 -R$ 4,9 milhões-, ano anterior à sua administração. As melhorias no CT de Cotia são constantes, boa parte feita com dinheiro da lei de incentivo fiscal. O local conta hoje com sete campos e alojamento para 95 atletas.
Mas quase todos passam longe de competições como o Brasileiro e a Libertadores.
Em quatro anos e meio, os times-base titulares do São Paulo só tiveram o zagueiro Breno entre os revelados na gestão de Juvenal. Hernanes, Jean e Rogério já estavam formados quando começou o mandato do dirigente.
Relatórios financeiros mostram que o clube gastou R$ 12,9 milhões na formação de jogadores que foram dispensados sem chegarem a ser profissionalizados. Só em 2007 e 2008, foram mandados embora 89 atletas. No mesmo período, 53 foram profissionalizados. Isso não significa que o investimento dê prejuízo. As vendas de Breno e Denílson cobriram os custos da base nesses quatro anos.
O problema é que o trabalho representou pequeno ganho esportivo para o clube.
A diretoria, porém, não entende que foram perdidos jogadores no período. “Não acho que foram pouco aproveitados”, afirmou o vice de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, que lista atletas que chegaram ao profissional, como Jean, Hernanes e Sérgio Motta.
“Se não atenderam o São Paulo, foram formados como jogadores e são aproveitados por outros times”, disse. Mas o dirigente reconheceu que o uso de atletas da base na equipe principal ainda está abaixo do esperado pela diretoria tricolor.
Atribuiu isso ao ex-técnico Muricy Ramalho, que quase ignorava Cotia. Para ele, melhorou um pouco com Ricardo Gomes, que também usou bem pouco os garotos apesar da orientação da diretoria. “Precisam ser testados para saber se servem”, disse Leco.
Agora, o São Paulo tem sete atletas formados recentemente na base no elenco principal, um quarto dos profissionais. As novidades são Casemiro, Zé Vitor, Marcelinho e Lucas Gaúcho. Dois novatos, Bruno Uvini e o goleiro Richard, também treinam no principal. Resta saber se entrarão em campo.
Carlinhos Paraíba
O meia Carlinhos Paraíba deve iniciar o jogo diante do Cruzeiro, no domingo, após longo tempo fora até do banco de reservas. Em treino que deveria ser secreto -mas foi visto pela imprensa-, o técnico Sérgio Baresi o escalou no lugar de Rodrigo Souto, contundido. Outro que pode ter uma oportunidade é o volante Casemiro. Sem Miranda e Alex Silva, a zaga deve ser formada por Renato Silva e Samuel.
FONTE: UOL
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