Jogadores do São Paulo torcem o nariz para treinos táticos, como o comandado nesta sexta-feira por Paulo César Carpegiani no Estádio do Morumbi
Apelidado de Professor Pardal, por seu estilo engenhoso de montar a equipe, o técnico do São Paulo, Paulo César Carpegiani, abusou dos treinos táticos, nesta sexta-feira, no Morumbi.
Como se fossem estudantes antes de uma maçante aula de Educação Moral e Cívica, os jogadores do Tricolor não ficam muito animados quando sabem que vão encarar duas horas de estudo teórico.
"A gente não gosta muito quando sabe que tem treino tático. É chato para nós, jogadores, este tipo de treinamento. Mas entendemos que neste momento é importante", afirma o zagueiro Alex Silva, de 25 anos, que criticou também a mudança de técnicos no São Paulo - além de Carpegiani, Ricardo Gomes e Sérgio Baresi comandaram o time neste ano.
"É complicado, até porque os métodos de treinamento são diferentes, e fica um ponto de interrogação na cabeça dos jogadores. Na Europa, os clubes têm mais paciência com os treinadores. Felizmente, a equipe assimilou bem o estilo do Carpegiani", diz Alex Silva, que defendeu o Hamburgo, da Alemanha em 2009.
Restrito quase que só a meio campo, o treino de ontem priorizou as jogadas aéreas, com diversas cobranças de escanteio e saídas de bola. O treinador deu espaço até para os jogadores, como Fernandão, sugerirem opções táticas. Por diversas vezes, Carpegiani parou a atividade para orientar seus pupilos. "Sei que os atletas não gostam muito (do treino tático). Mas gosto de ter equipes certas taticamente, organizadas", justifica o treinador são-paulino.
Aula em casa /O treino no Morumbi serviu também para deixar os jogadores adaptados ao palco do clássico de domingo, contra o Santos. "De vez em quando gosto de treinar onde eles vão executar, então usarei o estádio outras vezes. Até para o time não estranhar, mesmo jogando em casa. Temos um campo no CT da Barra Funda com as dimensões do Morumbi, mas é diferente você sentir o gramado e as condições do campo", diz o técnico
Apesar de sexta-feira, dia 15 de outubro, ser o dia do professor, o técnico do São Paulo não quis ser parabenizado por seus pupilos. "Não gosto de ser chamado de professor. Se jogador me chamar assim, está fora do time", brincou.
postado por : richard gonzalez
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